sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Homens Sombras (RELATOS) PT 3


Desconhecido, 26 de Dezembro de 2000, Destinado a Shadowpeople.org

Olá! Gostaria de dizer como estou aliviado de finalmente encontrar alguma referência a Pessoas Sombra. Pesquisa na net há uns anos tentando encontrar alguém que já teve uma experiência semelhante com essas figuras negras, mas até agora não tinha encontrado qualquer coisa remotamente similar. A única coisa que encontrava era sobre “velhas bruxas”, mas que simplesmente não se encaixavam. É reconfortante descobrir que o aparecimento de figuras sombrias é muito comum. A seguir conto a minha memória do evento.

Eu sei que provavelmente poderia ser reduzida um pouco, mas este é o jeito que lembro e assim que contarei. Primeiro eu preciso explicar que, quando criança eu era sonambulo. Digo isso agora para explicar a reação do meu irmão, que nós veremos mais a frente. Também quero dizer que quando andava dormindo quando criança, as vezes, acordava durante o processo. A última vez que me lembro de entrar em estado de sonambulismo, eu tinha cerca de 12 anos, e quando esse evento ocorreu, já tinha 16 anos. Agora vamos começar com a história.
Era cerca de 1981, quando minha família comprou essa casa em Greenville, Carolina do Sul. Morava na casa, eu, meus pais e meus irmãos, um mais velho e outro mais novo, e minha tia. Imediatamente depois da mudança, tanto minha tia quanto eu começamos a ter sensações estranhas sobre a casa, mas ninguém mais parecia compartilhar desses esquisitos sentimentos. Algo não parecia certo. Era como se alguém estivesse sempre observando. Sempre.
Não demorou muito para minha tia começar a reclamar sobre coisas que estavam sendo trocadas de lugar no quarto dela. Depois de certo tempo, o sumiço de objetos e o reaparecimento em locais pouco prováveis, além de um par de experiências assustadoras já eram bastante comuns.
O grande evento que estou prestes a descrever aconteceu no quarto que dividia com meu irmão mais velho – 4 anos mais velho que eu. Lembro-me naquela noite fui acordado por meu irmão. Eu podia ouvi-lo dizer-me para voltar na cama, pois estava caminhando pelo quarto dormindo. Aqui é onde ele difere do que eu disse antes. Quando caminhava dormindo e era acordado ou acordava, nada ocorria, mas dessa vez, lutava para despertar e, aparentemente, fiquei sem o controle do meu corpo. Quando ouvi sua voz, sabia que ele estava na cama, e por mais estranho que pareça, eu me ouvia falar, mas não era eu quem falava, a sensação era que apenas observava. Com a insistência do meu irmão, que passou do sussurro para um tom autoritário, fui ficando mais desperto aos poucos. Assim que o tom autoritário passou para reclamações quase alcançando a intensidades dos gritos, acordei. E, o que eu vi me atormentou pelo resto da vida. Na minha frente, uma figura sombria estava pairando e uma espécie de extensão do seu corpo esfumaçado me segurava. Continuava a responder os questionamentos do meu irmão, embora não era eu quem respondia. Tentei gritar, mas não tinha mais o controle da minha boca, que no momento, respondia aos incomodas ofensas do meu irmão. A entidade tinha a silhueta de um homem. Lembro-me de pensar estava sonhando. Meu corpo voltou para cama. Sentia-me fraco e adormeci. Acordei algum tempo depois e para minha surpresa, ele ainda estava lá, no pé da cama. Disse a mim mesmo outra vez que eu deveria estar sonhando e eu fui dormir.
Na manhã seguinte, eu não pensei muito sobre isso. Lembrei-me, mas pensei que tudo tinha sido um sonho. Eu não ia falar isso para ninguém. Mas assim que o meu irmão chegou na mesa do café me perguntou se eu me lembrava da noite anterior. Disse a ele que me lembrava dele me dizendo para voltar na cama, e que poderia jurar que vi uma figura negra na minha frente. Nesse momento meu irmão ficou pálido. Revelou que foi dormir após o ocorrido e tempo depois acordou pensando que eu estava caminhando pelo quarto novamente. Mas o que viu foi uma figura negra pairando sobre a minha cama. Escondeu-se embaixo do cobertor e foi rezar e quando saiu não havia mais nada. Pensou que fosse um sonho e foi dormir.
O engraçado é que isso não foi o que mais me incomodou. Fiquei mesmo preocupado foi com o fato de que o meu irmão também não fazia a menor idéia do que estava falando. Ele também se sentia como se estivesse observando outra pessoa falando pela boca dele. Até hoje não sabemos ao certo o que conversamos aquela noite. Lembro-me de alguns trechos das ordens do meu irmão mandando ir para cama, mas não me lembro de nada que disse. Ele se lembra de alguns trechos aonde eu dizia que tinha algo a fazer e que ele não podia impedir. Até hoje isso me incomoda. Mas parece que não vou encontrar a resposta tão cedo.

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