sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Ana Corpo Sujo - Creepypasta

Essa história, foi meu pai quem me contou. E quem lhe contou foi meu avô, e assim por diante, durante não sei quanto tempo.
Mas o que realmente importa é a história! História que eu acabei não acreditando muito, mas que meu pai afirma ser um relato real. Eu duvido, mas não nego que o causo é curioso, bem assustador e que o mesmo, me fez mudar alguns de meus hábitos noturnos.


Como escritor e contador de histórias que sou, resolvi compartilhar essa lenda com vocês, espero que gostem.
Vocês tem coragem de olhar através da janela, caso ouça algum barulho no meio da madrugada? Ou coragem de apenas ficar observando o céu, enquanto todos já estão dormindo?
Vocês tem coragem de abrir a janela de sua casa e encarar a escuridão?
Não faça isso agora! Não mesmo. Não antes de ouvir essa história.
Prestem atenção no que vou lhes contar e quem sabe no final, vocês podem ter mudado de opinião, deixado de ser tão corajosos.
Ana era uma menina muito bonita. Pele morena, olhos verdes e cabelos que desciam até a cintura. Cabelos castanhos, brilhantes.
Sem sombra de dúvidas ele era a mais linda, da pequena cidade de Cachoeiras, localizada no fim do sul paranaense.
A menina de extrema beleza, infelizmente acabou morrendo cedo, com apenas dezesseis anos. Morreu fedendo, acabada, coberta de sangue.
Morreu podre e virou lenda. Se tornou Ana-Corpo-sujo.
Tudo começou quando ela encarava as estrelas pela janela de sua casa. Isso é o que contam. Dizem que a menina adorava contemplar o céu, achava as estrelas uma das mais lindas criações de Deus.
Eram mais de duas horas da madrugada quando a garota abriu a janela de seu quarto e se pós a observar o céu. Foi então que um vento gelado lhe tocou a face. Um vento que era muito mais que ar frio. A brisa trouxe consigo uma estranha energia, trouxe um mal. Um mal que acabou corrompendo a alma e o inocente coração de Ana.
Sim, é assim que acontece grande parte das posições. Afinal, os demônios vivem como cachorros abandonados. Sempre a procura de uma nova casa. Naquele tempo, um desses monstros inexplicáveis e incompreendidos pelos mortais, escolheu Ana.
Depois disso foi questão de três dias para a menina ficar doente. Não saia de casa. Ficava apenas em seu quarto, com todas as janelas fechadas, as escuras. Ela rezava e dizia que não sabia por quanto tempo aguentaria.
As coisas pioraram, Ana beirava a loucura e por isso sua mãe teve que lhe trancar dentro do quarto.
Então o inferno começou…
A menina ficava cantando, berrava melodias em línguas estranhas, que causavam calafrios em qualquer um que escutasse.
Também dava fortes batidas nas paredes de seu quarto. Batia com a cabeça, socava, chutava.
Sua mãe, Lúcia, que era uma senhora religiosa, ficou assustada e para resolver aquela medonha situação, acabou chamando um padre para examinar a pobre Ana.
Padre João, era o nome do homem de Deus que visitou Ana.
Esse acabou ficando traumatizado depois de deixar a casa da menina.
- Aquilo é o próprio Diabo, eu não posso fazer nada! Afirmou o velho quando saiu da casa. Sua voz estava baixa e ele parecia pensar em outras coisas, parecia que uma parte sua estava desligada de nossa realidade.
O cabelo do padre que tinha apenas 45 anos, caiu depois que ele entrou no quarto de Ana. Não acha sinistro? Sim, medonho.
Parte do homem simplesmente se decompôs, após estar no mesmo cômodo que Ana.
A única descrição que o padre fez da menina, chocou todos os moradores de Cachoeiras. Ele disse que ao entrar no quarto viu a menina grudada no teto, como uma aranha.
Ana estava pelada e tinha a boca cheia de merda.
O padre começou a rezar e a menina desceu no chão.
- Mais uma palavra e eu acabo com a vadia. Disse algo que não era Ana, mas que naquele momento, vivia dentro dela.
O padre ousou:
- Santificado seja…

Ana gritou, vomitou no reverendo e então quebrou seu próprio braço.
O padre ouviu os músculos da garota se contorcendo. Os ossos se quebrando e então desistiu.
Deixou o quarto tremendo, nunca havia visto nada parecido.
Ao sair ainda conseguiu enxergar a pequena Ana fazendo algo obsceno, demoníaco demais para ser humano. A menina comia um pedaço do braço que havia girado. O membro já quebrado sangrava, manchando todo o chão do quarto.
Ela continuou presa no recinto, por mais dois dias. Gritava, gemia, arranhava as paredes, se masturbava. Era uma festa dos infernos. Apenas um demônio e o corpo de inocente menina.
A mãe já não aguentava mais o cheiro de podridão. A casa inteira fedia.
E no sexto dia, a menina deixou o quarto. Ou melhor, o demônio.
Aconteceu no meio da noite, novamente, na madrugada.
Os vizinhos contam que a mãe de Ana deu um grito tão alto que acordou a todos que dormiam naquela sexta-feira.
Alguns homem correram até a casa e a cena que viram foi macabra.
Um monstro que só podia ser Ana, estava comendo Lúcia viva. A mulher gemia de dor, enquanto tinha seu abdômen devorado pela própria filha.
Ana já não parecia uma menina, seu pele estava toda destruída, era possível ver sua carne, seus ossos e muita sujeira por cima. Moscas e vermes espalhados por toda a parte.
Seu corpo estava sujo, assim como seu coração.
Os que tentaram chegar perto para impedir acabaram desmaiando e depois ficaram com sequelas, desde a leves problemas mentais, até dois casos de paranoia.
Ninguém aguentava o cheiro, nem a visão.
Um grupo de em torno de doze pessoas assistiu toda a refeição do monstro pelo lado de fora da casa. As pessoas vomitavam, choravam. Morriam de medo.
A polícia foi acionada, mas quando chegaram, Lúcia já havia sido devorada.
Um dos policias não hesitou ao ver que a menina estava prestes a comer mais um, lhe acertou um tiro na cara.
Mas de nada adiantou, o monstro continuou se alimentado, avançando para cima dos vizinhos que estavam mais próximos.
Era horrível, Ana coberta de sangue e sujeira, sendo movida por alguma força demoníaca tentando devorar todo mundo. Sua boca estava rasgada e mesmo com a mandíbula estourada, a menina devora outra pessoa que tentava fugir do local.
Mais tiros rolaram, e foi só depois que três policias juntos descarregaram suas armas que Ana parou.
Seu corpo tombou na grama da frente de sua residência e lá ficou estirado, coberto de sangue, de merda e vermes. Totalmente podre, totalmente sujo.
Dias se passaram, messes se passaram, mas os tormentos dos moradores da cidade de Cachoeiras não cessaram. Todas as noites eles diziam escutar durante a madrugada, um choro e gritos que vinha das ruas. A maioria das pessoas conhecia aquela voz.
Alguns chegavam a olhar em suas janelas, mas eram poucos que ousavam. Os que faziam isso, diziam ver a menina Ana, caminhando pelas ruas chorando, com seu corpo sujo, tentando entender tudo o que havia acontecido.
O espirito da menina acabou ficando preso no mundo dos vivos, sem entender o porquê de sua morte, sem entender o porquê de seu corpo estar podre e todo sujo. Com o tempo veio a raiva, raiva de não entender sua morte. E assim, a aparição de Ana começou a atacar.
As aparições de Ana-corpo-sujo persistem até hoje. Há quem diga que é impossível passar uma noite em Cachoeiras, sem ouvir os medonhos gritos da assombração.
Tem gente que diz que se Ana-corpo-sujo lhe ver, ela vem até você, procurando por uma explicação, pedindo para ficar na sua casa, pois não tem mais ninguém. Dizendo que é apenas uma menina, perdida. Para depois lhe destruir, lhe sujar e fazer com que você seja uma de suas companhias no mundo dos mortos. Afinal, ela é apenas uma garotinha que não quer ficar sozinha.
Eu não acredito muito, mas nunca, nunca mesmo, olho na janela quando escuto um barulho no meio da noite. Sei que não moro na mesma cidade que Ana-corpo sujo, mas tenho medo de ver outros espíritos como ela, ou até mesmo ser vítima, desses demônios, que escolhem aleatoriamente suas vítimas.
Agora repito:
Vocês tem coragem de olhar pela janela durante a madrugada? De ficar encarando a escuridão?
Antes de responder, ou tentar dar uma de corajoso, pense duas vezes. E que Deus lhe guarde… Pois demônios e fantasmas, como Ana-Corpo-Sujo estão por ai, a procura de alguém para brincar, se divertir.

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