sábado, 22 de agosto de 2015

Okiku


Kikuko tinha três aninhos de idade,quando adoeceu gravemente.Era agosto de 1932.Seu irmão visitava a cidade de Sapporo,Hokkaido (Ilha ao norte do Japão) quando viu uma boneca e comprou-a para Kikuko.A pequenina adorou a boneca e não mais separou-se dela,nem por um momento.Porém a doença agravou-se e em janeiro de 1933,Kikuko faleceu.É costume no dia da cremação do corpo,colocar os objetos que a pessoa mais gostava dentro do caixão para ser cremado junto com o corpo.

Na ocasião porém, a família no auge da dor da separação,esqueceu-se de colocar a boneca junto a menina.Após a cremação,a boneca que recebeu o nome de OKIKU,foi colocada no oratório,ao lado das cinzas da criança, onde a família fazia as orações. Com o passar do tempo começaram a perceber que o cabelo da boneca parecia crescer.
Na década de 40 veio a guerra e a família teve de fugir para o interior,deixando a boneca com os sacerdotes do templo MANNENJI, que a guardaram juntamente com as cinzas de Kikuko. Com o fim da guerra, a família voltou para a cidade, procuraram pelos seus pertences no templo,onde perceberam com espanto que os cabelos da boneca não pararam de crescer!A pedido do irmão da menina,a boneca continuou no templo.A imprensa,mostrou o fenômeno,o que chamou a atenção de pesquisadores,para que fosse dada uma explicação científica para o caso,o que não aconteceu até hoje.
O templo que fica em Hokkaido é visitado por turistas e curiosos que querem ver a fantástica transformação da boneca.Há controvérsias,mas dizem que as transformações são visíveis.
O cabelo antes nos ombros,agora chega à cintura.Os lábios antes cerrados,estão entreabertos e úmidos,e seus olhos parecem olhar para as pessoas com expressões de quem tem vida.
Os japoneses levam muito a sério a vida após a morte e para eles que reverenciam deuses e objetos, tudo é dotado de espírito e precisa ser queimado quando não é mais usado,em sinal de agradecimentos e para que descansem em paz após serviços prestados.

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